Foi o consumo de carne que fez o cérebro das pessoas “evoluir”?




Quando pensamos na palavra “evolução”, a associamos a “melhora”, todavia temos que deixar claro que tudo está evoluindo incessantemente. O processo de evolução é constante. Uma melhor forma de pensar a palavra “evolução” é sempre associá-la à “adaptação“.

Sendo assim, vamos aperfeiçoar o título: Ao invés de “Foi o consumo de carne que fez o cérebro das pessoas “evoluir”?”  vamos pôr Os cérebros dos seres humanos só despontaram no desenvolvimento evolutivo devido ao consumo de carne?”.  Melhor, né?


Muitos são os boatos que dizem isso. Será mesmo assim… tão “preto no branco” ?

O nutricionista Sérgio Greif afirma que “de forma alguma deixar de consumir carne representaria uma atrofia cerebral. O fato de em determinado período de nossa evolução termos passado a consumir carne simplesmente contribuiu para que tivéssemos a necessidade de nos organizar para caçadas (o que criou a necessidade de comunicação entre os indivíduos), fabricar ferramentas (para compensar nossa desvantagem física) e dominar o fogo (para conseguir ingerir a carne). Nem o alimento carne, nem nenhum de seus nutrientes, em si, contribuíram para este aumento cerebral, mas sim as dificuldades que o homem teve de superar para conseguir obtê-la”.


Já Paulo Motta, Mestre em Ciência da Religião, afirma que “não foi exata e exclusivamente a dieta carnívora que causou a evolução, mas o fato de os proto-humanos terem que, necessariamente, criar estratégias coletivas para a caça. Neste sentido, evoluímos; ou seja, avançamos em socialibilidade e colaboração mútua, garantindo a preservação da espécie humana; assim como desenvolvemos habilidades manuais em função deste contexto; e a linguagem humana articulada surge, também, segundo alguns pesquisadores, em decorrência do desenvolvimento da manualidade envolvida no processo da caça.


Mas são teorias, apenas. E como toda teoria científica, somente poderá ser considerada como tal se passar pelo crivo da falsibilidade e da falibilidade. Sendo assim, a questão permanece em aberto. Teorias científicas sempre têm um alcance limitado”.
Quer ler a opinião completa do nutricionista Sergio Greif?  + Clique aqui

organizado por Francisco Arquer Thomé